A maioria dos casos de faringite aguda ocorrem durante os meses mais frios do ano, quando os vírus respiratórios são predominantes. Transmissão entre os membros da família que convivem na mesma casa é uma característica proeminente da epidemiologia da maioria desses agentes, sendo as crianças o principal reservatório. Faringite por estreptococo beta-hemolítico do grupo A é principalmente uma doença de crianças de 5 a 15 anos de idade, e, em climas temperados, a prevalência é maior no inverno e início da primavera. Faringite por enterovírus geralmente ocorre no verão e início do outono.
Faringite gonocócica ocorre em adolescentes sexualmente ativos e adultos jovens. A rota usual de infeção é feita através do contato sexual orogenital. Abuso sexual deve ser considerado fortemente quando N. gonorrhoeae é isolado a partir da faringe de uma criança na pré-puberdade.
Imunização generalizada com toxóide diftérico produz difteria, uma doença rara.
Estreptococos do grupos C e G β-hemolítico expressam muitas das mesmas toxinas, como o estreptococo beta-hemolítico do grupo A, incluindo Estreptolisinas S e O, e faringite por estreptococos do grupos C β-hemolítico e podem ter características clínicas semelhantes ao estreptococo beta-hemolítico do grupo A podendo causar elevação de anticorpos de soro antiestreptolisina-O (ASO).
Estreptococo do grupo C β-hemolítico é uma causa relativamente comum de faringite aguda entre os estudantes universitários e adultos que procuram atendimento de urgência. Surtos de faringite por estreptococos do grupos C β-hemolítico relacionados ao consumo de produtos alimentares contaminados (por exemplo, o leite de vaca não pasteurizado) têm sido relatados em famílias e escolas, embora também existam vários surtos bem documentados na faringite de estreptococos de grupo G β-hemolítico, sendo que o papel etiológico desta na faringite endêmica aguda permanece obscuro.
Grupos de estreptococos do grupo C e G β-hemolítico em faringite aguda podem ser subestimados.